A mão veste uma luva de ferro e esmaga meu coração. Não
resistirei por muito tempo, meus joelhos já se dobram, esconder-me em um canto
é a única via possível, mas minha cabeça aumenta à medida que meu coração e
meus pulmões diminuem, e não caberei em lugar algum. A flor ao meu lado não tem
cheiro, o ar esfriou, meus pés azuis, há partículas escuras na minha retina, o barulho da serra
elétrica aumenta aumenta aumenta, agarro a flor, é uma rosa amarela, quero deixá-la fora d’água, não irei sozinha.