Uma casa, abandonada. Um
pasto, uma vaca e seu bezerro. Uma árvore, não sei qual, não sei nome de
árvores, nem de flores nem de pássaros nem de nuvens. Não sei nada, a não ser
imaginar: eu e você, na casa abandonada. A gente nem se conhece, mas imaginar eu
posso, ombros lado a lado, imaginar eu sei. Perguntaria se você gosta de
mexerica, se toma café ou chá, se sente medo de andar nas pedras como eu, se
dorme de meia, é claro que não dorme de meia, eu não sei nada, nem fazer
perguntas, preciso nos tirar daqui.
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