Porque às vezes, tantas vezes, demais de tantas vezes, o corpo não basta e arde em febre que termômetro algum capta. A dor de uma abstração concreta. Eu não sei, por isso não digo. Eu não digo porque algumas coisas, às vezes, tantas vezes, demais de tantas vezes, até a exaustão do ser e do não ser, são indizíveis. Incompreensíveis. Um espelho gelado no estômago. Um mugido quente no esterno. Leite condensado na bile. Não-há-mais-órbita.
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