A praça cheira a
mijo batido contra o concreto na metade de um dia quente. Ainda é cedo e
atravesso homens, mulheres, meninos e meninas que sempre acho que ainda podem
ser eu. E eu eles. Ou meus filhos. A praça já cheira a maconha e pinga. O
engraxate monta sua cadeira que chega num carrinho. O tocador de sax só mais
tarde. O sino toca para visar que saiu café fresco, aproveito e compro também
um pão de queijo. Não suporto mais as notícias dos jornais na banca. Juro que tinha um pica-pau na árvore. As maritacas já não me
espantam, mas ainda encantam. Somos todos sobreviventes.
E assim começa mais um dia...
ResponderExcluirBj e fk c Deus.
Nana
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