quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Descobertos


E o menino, trôpego ao tentar acompanhar os passos da mãe que o levava pelas mãos, não conseguiu contemplar os maiores peitos que já tinha visto, ao vivo, nas revistas ou na tevê. Eles tentavam escapar do corpete rosa que parecia sufocar a garota encostada no muro da igreja. Péra, mãe. A garota sorriu, o menino quase desatarraxou a cabeça do pescoço. Só voltou o olhar para sua frente quando tropeçou na senhora maltrapilha sentada na outra esquina do quarteirão. Ela esticou as mãos inchadas, o menino não sabia que cascos esverdeados podiam nascer no lugar das unhas. Péra, mãe. Anda, meu filho, anda.

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