E o menino,
trôpego ao tentar acompanhar os passos da mãe que o levava pelas mãos, não
conseguiu contemplar os maiores peitos que já tinha visto, ao vivo, nas
revistas ou na tevê. Eles tentavam escapar do corpete rosa que parecia sufocar
a garota encostada no muro da igreja. Péra,
mãe. A garota sorriu, o menino quase desatarraxou a cabeça do pescoço. Só
voltou o olhar para sua frente quando tropeçou na senhora maltrapilha sentada na
outra esquina do quarteirão. Ela esticou as mãos inchadas, o menino não sabia
que cascos esverdeados podiam nascer no lugar das unhas. Péra, mãe. Anda, meu filho, anda.
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