Quero não
pentear meu cabelo e esconder o emaranhado debaixo de um chapéu de crochê roxo
enfeitado com uma gérbera laranja em um dos lados.
Quero ir para a
praça, sentar em um dos bancos e olhar o tempo.
Se me der
vontade, vou cantar. E dançar. Sem sapatos e sem roupas que me apertem. E tomar
uma cerveja se também me der vontade, sem querer saber se é segunda, ou terça,
ou quarta, ou quinta, ou sexta. E se for sábado ou domingo, também não me
interessa. Todos os dias são apenas dias.
Ainda sentada,
quero ler um poema. Se ele me atravessar, lerei em voz alta para quem não
quiser ouvir. Um romance lerei deitada, nesse mesmo banco ou em outro, se me
der vontade de olhar para outras árvores e sentir outro vento. Um conto lerei
deitada num pedaço de grama.
Quero rir em
plena segunda-feira, quem é que acredita nessa ficção em que nos enfiaram?, e
segurar na mão de uma criança que me estenda a sua. E convidá-la para um
sorvete, de preferência que nos lambuze a cara e a roupa. E se fecharmos os
olhos poderemos ouvir o mar, meu menino ou minha menina. Dançaremos em roda até
nos chamarem de loucos. Talvez use um vestido de lamê verde. Pode ser azul também, desde que brilhe.
E quando o
esgotamento chegar, quando a alegria tiver deixado meu corpo leve, quero só fechar os olhos até o nascer do dia seguinte.
O importante é querer viver... hoje e sempre... e que se danem os outros!
ResponderExcluirBj e fk c Deus.
Nana
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