E à meia-noite
ela chorou. Pouco, mas chorou. Pelos sorrisos daquele dia, as frases ouvidas, a
conversa ao redor da mesa, as gargalhadas, o gozo, os sussurros, os abraços, as
lições, o café sem açúcar, o cheiro de banho, a quentura de um bolo recém-saído
do forno, a alegria...alegria de um dia que agora, meia-noite e um, só existe
na memória. E sua família tem histórico de Alzheimer. E por isso ela chorou.
Pouco, mas chorou.
Muito bom! A realidade daqueles que ainda teem conciência é triste, mas, passageira.
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