Tarde de
segunda. Ela na frente de um computador, enfiando números em uma planilha a fim
de obter uma margem que a criação da própria planilha faz acreditar ser certa. Uma pilha de contratos esperando sua assinatura. A redução em cláusulas. Uma
xícara com café e a vontade de ser resgatada por um homem de corpo, alma e
mente nus. Uma cama desarrumada, um livro nas mãos, uma poesia lida em voz alta,
escute isso, a quentura do sol invadindo
pelo vidro da janela, uma taça de vinho branco gelado, Pink Martini como trilha e um cigarro
para ajudar a corrosão. Mas alguém inventou que as segundas são para as planilhas
e as cláusulas. Tantas pessoas acreditaram, mas ela não é uma dessas.
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