para procurar no outro o que não encontramos em nós. Para lembrar do
que se perdeu, chorar pelo vivido e não vivido, esquecer mãos que nos
amaram, lembrar de quem não nos amou. Vida posta à mesa, com as crianças
sorrindo e a tarde à beira-mar, passinhos marcando a areia, um caminho que
se apaga a cada onda que tudo, TUDO leva, menos o amor, o silêncio dos
sentimentos verdadeiros, o berço que me carregou e te carrega, a vida milagre
que de mim saiu e de mim não sairá: os pezinhos, as mãozinhas, a noite com a
luz do corredor acesa, o chamado para o carinho que imensamente não cabe em
mim.
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