Ela sentia falta das manhãs
silenciosas. E quando se viu sozinha em casa, com a claridade entrando pelas
janelas da sala, passou as mãos pelo sofá, olhou para a mancha deixada por uma
xícara de café em mãos distraídas, chutou para debaixo do tapete uma casca de
pão e deitou. Olhou para o relógio, estava atrasada para fazer o que faz todos
os dias, mas pelas janelas entrava também um ar fresco que arrepiava a pele.
Então ela escondeu o relógio debaixo da almofada e fechou os olhos.
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