Quem dividiu os
dias em úteis e inúteis? Para ela, o sábado era tão mais útil do que a segunda.
Ou a terça. Ou a quarta. Ou a quinta. Ou a sexta. Um abraço dos filhos no
parque versus um aperto de mão do chefe. Ah, quem inventou essa classificação
não pode mesmo entender qualquer coisa da vida. A vida que não se conta, não se
mede, não se classifica. A vida. Olhou a sua volta, pena que não se penduram
mais folhinhas na parede. Queria rasgar um mês inteiro. Dois. Três. Talvez doze.
Foi até a sala do chefe, matou um tio distante e saiu para fazer daquele um dia
útil.
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