Um silêncio duro
na sala choca-se contra a janela que mostra que ele não vem. Mesmo que ela
fique ali, como está, caneca com chá de baunilha aquecendo as mãos. Mesmo que
ela durma com as luzes acesas para mostrar, ah, quem sabe para ele, quando
chegar, se chegar, que ela não dorme, e ele entre sem medo, mesmo que traga o
frio lá de fora. Tenho um cobertor, ela dirá, e água quente para o chá. E ele cederá,
não sem resistência, cederá. Mas ele não vem.
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