É preciso
comprar uma flor. Sorrir para um desconhecido. Segurar a porta do elevador para
quem entra. Ou sai. Dar licença. Desejar bom dia, boa tarde, boa noite. Não buzinar. Ou não buzinar tão logo o
semáforo esverdeie. Tomar café. Ou chá. Escolher um amigo e dizer-lhe eu te
amo. Imaginar-se no lugar da faxineira. E dos presidentes (qualquer um). Comer
doce. Ou gordura, mesmo que pouco. Ler
uma poesia sem querer entendê-la. Enxergar-se em outro corpo. Enxergar-se sem
corpo algum. Enxergar-se dentro de um caixão, duro, seco, mor-ti-nho. E se perguntar: e
daí?
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