Quatro da tarde,
hora do bolo, das mulheres em volta da mesa, só elas, talvez as crianças.
Quatro da tarde, a força feminina ocupa todos os cantos das casas, do mais alto
ao mais baixo. Do mais à esquerda ao mais à direita. Quatro da tarde, quando
elas são donas das paredes e de cada uma de suas células. Quando as risadas estão livres das lágrimas. O
ar faz uma reverência quando elas, só elas (talvez as crianças), estão em casa.
O sol começa a perder o brilho e a quentura para o bolo e as risadas na mesa.
Diz até amanhã, elas não escutam. Às quatro da tarde, a certeza do dia seguinte
não interessa.
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