A cama descoberta. Os dois travesseiros ainda com as marcas
das mãos. O lençol branco amarrotado. O computador aberto sobre a cama, ao lado
de um livro (Como esquecer em dez passos), de um bloco de papel e de uma caneta. Uma xícara
com resto de café na mesinha de cabeceira, ao lado de um copo cheio de água, de
uma cartela de analgésico vazia, de uma revista de moda, de um cinzeiro cheio e
de uma caixinha de fósforos com o logo de um restaurante parisiense. Um par de
chinelos debaixo da cama. Um vestido vermelho no chão, entre o quarto e o
banheiro. Ela fechou a porta. Nem olhou para trás.
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