- Por outro.
Ela achou melhor
esclarecer, logo após ter-lhe dito que estava apaixonada. Ele ainda com os
olhos tortos, depois de nove horas de sono. A mão segurando o pão e a faca para
a manteiga. Ela em frente a ele, na mesa da cozinha, um copo de suco de laranja
na mão direita. A esquerda livre para feri-lo. Tudo como sempre esteve nos
últimos três anos. A cachorra embaixo da mesa à espera de uma migalha. O jornal
folheado e não lido. Os copos de requeijão. O celular dele acusando mensagens
proibidas. E ela perdeu o jogo. Era menos resistente às
farsas.
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