Comi um
guarda-chuva na hora do almoço. Dobrei-o em tantos pedacinhos quanto me foi
possível dobrá-lo. Dobrei-o, não: quebrei-o. Devo ser honesta, apesar de não
saber por que devo. O guarda-chuva que almocei foi transformado em vários
guarda-chuvinhas em pedaços. Não joguei sal, nem azeite. Puro como os cafés que
tomo no meio da tarde e que hoje não tomei. É que os pedaços estão se juntando
e parece-me que o guarda-chuva inteiro, orgulhosamente reconstituído, abriu
dentro de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário