Porque algumas
tristezas a gente leva para sempre, até o último suspiro, até o caixão, como
queiram. O que ela descobriu, enquanto andava pelas ruas numa tarde ensolarada,
era isso: até seu último segundo, carregaria aquela tristezinha no peito,
cravada no meio do esterno. Pensou em parar para lhe servir um pouco de chá, a
tristeza às vezes ficava fria. Depois pensou que não deveria alimentá-la. Mas depois
pensou mais um pouco e lembrou-se de aquela tristeza não a abandonaria. Então
parou, e pediu dois cafés. Um sem açúcar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário