sábado, 17 de novembro de 2012

Café da tarde


Porque algumas tristezas a gente leva para sempre, até o último suspiro, até o caixão, como queiram. O que ela descobriu, enquanto andava pelas ruas numa tarde ensolarada, era isso: até seu último segundo, carregaria aquela tristezinha no peito, cravada no meio do esterno. Pensou em parar para lhe servir um pouco de chá, a tristeza às vezes ficava fria. Depois pensou que não deveria alimentá-la. Mas depois pensou mais um pouco e lembrou-se de aquela tristeza não a abandonaria. Então parou, e pediu dois cafés. Um sem açúcar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário