Ele não achou que ela fosse, não naquele dia, ele nunca
achava que ela iria no dia em que ela falava agora eu vou, mas naquele dia, a água para o macarrão ainda
fervendo, o tomate pelado para o molho na pia, ela foi. Ele ia abrir um vinho,
ia elogiar o sabor do molho e o ponto do massa, ficou al dente, querida, mas ela foi. Sem bater a porta. Sem
gritar. Sem deixar o rímel escorrer pelas bochechas que sim, haviam crescido
nos últimos anos, mas eram dela, eram dele, eram ela, eram ele. Eram eles. Ela
não voltou. O vinho continua fechado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário