E no dia do seu
casamento, a conselho da mãe, depois de dormir dez horas com os olhos cobertos
por uma máscara, de tomar um café da manhã composto de pão integral, queijo
branco e chá de camomila, de relaxar o corpo nas mãos de uma massagista e
depois submersa numa banheira, de almoçar folhas, peito de frango grelhado e duas
fatias de abacaxi e antes da maquiagem, do penteado e do vestido, ela comeu uma
bandeja enorme, repleta de sapos: sapos-cururus, sapos-martelos,
sapos-cachorros, sapos-parteiros, sapos-pipas, sapos-aranzeiros, um
sapo-de-unha-preta e o maior sapo-boi que a mãe conseguiu encontrar. Engoliu
todos, sob o olhar atento da mãe, inteiros e vivos: sem sal, sem açúcar, sem limão e sem mel.
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