Ricardo saiu da
cama depois de uma noite de sono picotado pela preocupação com a prova de
estatística. Não conseguiria a nota mínima, perderia uma parte das férias,
talvez pagaria por uma dependência, aguentaria o discurso dos pais, a
reclamação da namorada e as piadas do chefe. Depois da prova ainda teria que
pedir dilação de prazo para a entrega do trabalho de planejamento e assinar a
lista da última aula a tempo de chegar na agência para uma reunião de
fechamento, sem almoço. Se soubesse que um ônibus atravessaria o seu presente e
roubaria o seu futuro, talvez Ricardo tivesse tido uma última noite bem
dormida.
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