domingo, 25 de maio de 2014

Bom dia


Manhã branca e gelada, eu podia ver pela janela, deitada na cama debaixo de um daqueles cobertores que parecem feitos de nuvens. Nas mãos, um daqueles livros de leitura doída. Como se naquele quarto já não houvesse dor suficiente para uma respiração truncada. Então ele me distraiu com seu chamado. Olhei, mas ele já havia se virado. Voltei para o livro. Ele me chamou de novo. Dessa vez olhei a tempo de ver sua carinha. Virou a cabecinha para a esquerda, para a direita, para a ... . Não tenho nada para te oferecer, eu disse, café, chá, leite; nada quente. Ele virou a cabecinha para a esquerda, para a direita, ... . O que é?, perguntei, olhe pra mim, olhe!, nada a oferecer, além da minha dor; aceita? E ele voou para outra varanda.

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