Era
o único lugar que servia comida na hora do almoço naquele quarteirão. E nos
quarteirões próximos. Então eu me sentava numa cadeira bamba, desviando dos
buracos na calçada, firmando a mesa com uma das minhas pernas, e pedia o frango
à passarinho com salada, ambos encharcados de óleo, o frango esturricado que
deixava meus lábios e as pontas dos meus dedos lubrificados, as folhas de alface
e as fatias de tomate lustrosas. E não sei porquê, depois de tantos anos
(dezessete, dezoito ou dezenove?) eu ainda me lembro desse frango.
Nenhum comentário:
Postar um comentário