terça-feira, 7 de abril de 2015

Drenka

Quero ser Drenka. Ter peitos fofos e ancas quentes. Dar. Dar para quem quiser. Colo. Afago. Liberdade. Uma gargalhada e uma trepada enquanto espera o filho que entrará pela cozinha depois de um dia de trabalho pedindo um prato de comida quente. Dar o prato, contar uma história, perguntar como foi o dia, e depois dormir, ao lado do marido com o cheiro do amante. Abraçá-lo: o marido, o amante, o filho; pedir que vistam um casaco nos dias frios. Um amante ou dois. Sair de camisola pela estrada para dar um beijo em quem precisa, ou só quer. Só se eu quiser porque é de liberdade que se trata. A minha, a sua, a dele, a nossa, as nossas. Vestir camisola: quero ser Drenka. Dizer minha última palavra em croata. Lembrar da Dalmácia. Dizer sim: da, Drenka, da.  

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