Ela o convidou para ir ao cinema
na sexta-feira à noite. Ele estremeceu e aceitou. Cinema na sexta é sempre bom. E poderiam jantar depois. Ela segurou
com mais força na mão dele. E na sexta à tarde ela foi ao salão, pintou as
unhas com uma cor clara e arrumou o cabelo. Comprou um sapato antes de voltar
para casa. Ele chegou mais cedo do trabalho, tomou um banho rápido, mas eficiente,
e escolheu uma roupa com um cuidado maior do que o habitual. Sorriram um para o
outro, ele abriu a porta do carro para ela e no trajeto ouviram Iolanda, a música que ele dizia ter sido
feita para ela. Tudo que havia de bonito no mundo era para ela. Sempre para
ela. Não compraram pipoca para não estragar o jantar e assistiram ao filme de
mãos dadas. Saíram sorrindo do cinema e jantaram regados a vinho e risadas.
Aproveitaram também para planejar uma festa para os quarenta anos de casamento.
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