sexta-feira, 20 de julho de 2012

Enfim sós

                                                                                                                Para os meus pais


Ela o convidou para ir ao cinema na sexta-feira à noite. Ele estremeceu e aceitou. Cinema na sexta é sempre bom. E poderiam jantar depois. Ela segurou com mais força na mão dele. E na sexta à tarde ela foi ao salão, pintou as unhas com uma cor clara e arrumou o cabelo. Comprou um sapato antes de voltar para casa. Ele chegou mais cedo do trabalho, tomou um banho rápido, mas eficiente, e escolheu uma roupa com um cuidado maior do que o habitual. Sorriram um para o outro, ele abriu a porta do carro para ela e no trajeto ouviram Iolanda, a música que ele dizia ter sido feita para ela. Tudo que havia de bonito no mundo era para ela. Sempre para ela. Não compraram pipoca para não estragar o jantar e assistiram ao filme de mãos dadas. Saíram sorrindo do cinema e jantaram regados a vinho e risadas. Aproveitaram também para planejar uma festa para os quarenta anos de casamento.

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