sexta-feira, 5 de julho de 2013

Lua


Quem me socorre dessa luz branca contra as paredes? Um braço que encostasse no meu e não me pedisse desculpa. Uma luz amarela, por favor. Uma sombra projetada pela luz do abajur. Nossos braços. Pernas, se pudéssemos, se estivéssemos. A luz branca piora o rímel escorrido. Derretido. Doído. Foi Pessoa. Foi ela. Foi ele. Foi você. Vou morrer. Você também. Mas não hoje. 

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