sábado, 6 de julho de 2013

Refúgio


Na madrugada ela acorda engasgada. Um novelo de lã engolido no jantar. Dizem que é possível andar sobre aquele pedaço de mar. Ela levanta de calcinha e camiseta e caminha, mas só na areia. Molha as pontas dos pés, puxa o ar dos pulmões com os olhos fechados, e recua. E se for fundo? E se não tiver volta? E se não for amor?

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