domingo, 6 de abril de 2014

No criado-mudo


Era ele ali, congelado num momento, tentando abrir os olhos contra o vento, o mar quase verde ao fundo, um pedaço de  areia bege quase branca, o pescoço e os ombros nus e bronzeados, sorrindo não só porque aquele segundo poderia ser visto, se bem guardado numa gaveta, até o mundo acabar, mas porque estava feliz; sim, feliz, como acontece às vezes de nos sentirmos felizes algumas vezes ao dia.

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