segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Bom dia


Enquanto o café esfriava, ela olhou pela janela: nenhum passarinho, nenhuma copa de árvore, apenas mais uma moradora de um dos apartamentos do prédio vizinho gritando com os filhos que não queriam vestir o uniforme. Fazia calor, muito calor – é que ela gostava muito de café; e fechou os olhos para se imaginar num chalé rodeado de neve, em frente a uma lareira com uma taça de vinho nas mãos. Chopin nos seus ouvidos. Nenhum amor – estava cansada dele. Mais do que cansada: machucada. Abriu os olhos e bebeu o café enquanto lia o jornal. Mais uma criança morta no mundo. Chorou. E não foi pouco.

Um comentário: