Fulano era o
chefe de um departamento de uma empresa como qualquer outro chefe de
departamento de uma empresa e queria um cachorro para tomar conta do seu sítio.
Ciclano, subordinado a Fulano, como acontece nos departamentos das empresas
onde uma pessoa se subordina a outra, levou para a empresa um filhote de
cachorro vira-lata para Fulano, mas Fulano não o quis. Ela, subordinada a
Fulano e Ciclano, coitada, assistiu àquele impasse com o filhote no colo, pois
o bichinho ficava andando pelo departamento e quase foi vítima de pisadas e chutes.
Diante da negativa do Fulano, ela perguntou o que seria feito com o cachorrinho,
ao que Fulano respondeu: deixe na rua. Como Fulano era chefe do chefe dela, ela
não conseguiu responder “claro, me diga em qual esquina fica a tua mãe que eu
deixo o bichinho junto”. E são várias as noites, mesmo muitos e muitos anos
depois, em que essa resposta ainda se enrosca na garganta da menina, que não é
mais uma menina, e que, claro, levou o filhote para casa.
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