Não devia ter
saído de casa sem batom, pensei, enquanto me esforçava para segurar o
guarda-chuva quase revirado pelo vento e pulava uma poça d’água. Ele passou
tentando acender um cigarro, as gotas sobre a camisa rosa. Olhei. Não tinha
como não olhar. Ele olhou de volta e continuou no passo apertado. Se tivesse me
dito pare eu teria parado. Se tivesse me dito vamos eu teria ido. Eu estava tão
cansada, teria ido. Mas não disse nada e foi embora com o cigarro. Eu enfiei o
pé na poça e disse merda.
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