Pare. Pare de me
tratar por tu. Tu vais? Tu podes? Tu gostas? Não. Não. E não. Sou eu, não vê
(não vês?, viu?)? Somos nós. Tire o chapéu de lã, vamos nos aquecer com cachaça
ou vinho e amor. Tire os coletinhos por cima da camisa. Tire as camisas, uma
por uma, do armário. Tire a falta de humor, jogue pela janela todos esses
hábitos. Vamos almoçar às duas da tarde e jantar às dez da noite. Esqueça o
meio-dia, ninguém mais encontra o começo e o fim do dia, imagine onde se enfiou
o meio. Não precisamos de pijamas. Nem do sinal da cruz. A gente agradece é
comendo e rindo. Você foi enganado: tudo é só convenção, e convenção não é
verdade. Sabias disso? Com exceção
dessas árvores na nossa janela e dos passarinhos que também não encontram mais
o começo do dia e cantam às três da manhã. Viu? Até eles. Arranque o pijama,
coma um pote de sorvete, sim, um pote de sorvete inteiro no meio da madrugada,
e volte para a cama.
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