Sempre sonhei em
chegar à Espanha numa noite chuvosa. As poças na rua refletiriam minha capa amarela,
prédios antigos pouco iluminados e meu olhar de quem encontra um sonho. Eu
desceria de um ônibus e uma mão masculina e desconhecida se estenderia para
mim. A chuva iria com a noite e o sol me acordaria num céu azul com nuvens
brancas desenhadas por uma criança. E eu iria encontrar o mar e as ondas seriam
muitas e espumosas, porque Espanha para mim sempre rimou com espuma e espelhos
de poças d’água. E com um amor esbaforido.
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