Chovia. E muito.
Seu corpo franzino e enrugado era protegido por uma capa feita com sacos de
lixo. Sorrindo, ele procurava por fósforos. Ao seu lado, o Rubens, ensopado da
chuva de verão. Ele conseguiu uma caixa de fósforos nova, cheinha. Balançou-a
perto das orelhas. Esticou ainda mais o sorriso e disse que partiria naquela
noite. Tinha uma rede de cento e vinte metros, os camarões estavam grandes e a
lua cheia. Agradeceu com a caixinha de fósforos balançando na mão e partiu para
a praia, acompanhado do cachorro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário