segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Pescaria


Chovia. E muito. Seu corpo franzino e enrugado era protegido por uma capa feita com sacos de lixo. Sorrindo, ele procurava por fósforos. Ao seu lado, o Rubens, ensopado da chuva de verão. Ele conseguiu uma caixa de fósforos nova, cheinha. Balançou-a perto das orelhas. Esticou ainda mais o sorriso e disse que partiria naquela noite. Tinha uma rede de cento e vinte metros, os camarões estavam grandes e a lua cheia. Agradeceu com a caixinha de fósforos balançando na mão e partiu para a praia, acompanhado do cachorro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário